São Paulo, sábado, 15 de outubro de 1994
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Preços nos supermercados sobem 1,64%

MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO

``Diminuir as compras, ter cautela ao comprar e não adquirir produtos que estejam com preços elevados".
Este pode parecer mais um dos conselhos do ministro da Fazenda aos consumidores que vão aos supermercados. Não é. Partiu do próprio presidente da Associação Paulista dos Supermercados, Firmino Rodrigues Alves, ao analisar o comportamento dos preços nesta semana.
O aumento do consumo está permitindo o reajuste dos preços para cima. As indústrias estão retirando os descontos em vários setores e os supermercados acabaram com as promoções.
Esta nova situação do mercado foi detectada pelo Datafolha na sua última pesquisa, que compara os preços do dia 5 com os do dia 11 de outubro. Os supermercados reajustaram seus preços em 1,64%, enquanto nos hipermercados os aumentos médios na semana foram de 0,74%. Na semana anterior, a tendência tinha sido de queda.
Outra pesquisa do Datafolha mostrou que o custo de uma cesta de alimentos básicos ficou estável na semana. A aceleração de preços do feijão e das carnes foi anulado pela queda de tomate e farinha de mandioca e de milho.
Os supermercados começam a ter alguns problemas de abastecimento. Os setores embutidos e de derivados de leite diminuíram em 70% suas entregas nesta semana. A falta de embalagens está dificultando as entregas de mercadorias, segundo as indústrias.
A oferta de bebidas com vasilhame descartável está menor, enquanto as indústrias de papel higiênico retiraram os descontos.
As maiores altas de preços na semana nos supermercados ficaram para feijão, carnes e cebola. As baixas: massas e enlatados.
O Datafolha ampliou sua pesquisa de preços. Agora são 36 estabelecimentos pesquisados (18 supermercados e 18 hipermercados) em São Paulo, com 6.975 coletas de preços por semana. O número de itens permaneceu em 96.
Outras pesquisas de preços feitas no comércio paulistano também mostram elevação nesta semana. O Índice de Preços no Varejo, da Federação do Comércio do Estado de São Paulo, registrou alta de 1,87% na semana. No mesmo período, a cesta básica do Procon/Dieese subiu 2,1%.

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