São Paulo, sábado, 15 de outubro de 1994
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Venda da indústria cresce 17,5% em agosto

DA SUCURSAL DO RIO

As vendas do setor industrial registraram em agosto crescimento de 17,58% sobre julho. Foi a maior alta desde janeiro de 92, quando a CNI (Confederação Nacional da Indústria) começou sua pesquisa mensal.
O diretor do Departamento Econômico da entidade, Marco Antônio Guarita, disse que apesar dos dados ainda negativos, 1994 pode ser caracterizado como um ano de estabilidade no emprego industrial e que até dezembro este indicador estará ligeiramente positivo.
A previsão de Guarita é reforçada pelos dados de setembro da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), que mostram crescimento de 0,36% no nível de emprego na indústria paulista, após 15 meses de quedas.
A pesquisa da CNI mostra também que o nível de utilização da capacidade instalada da indústria cresceu 1,7 ponto percentual em relação a julho e alcançou 77,9%, contra 76,2% em julho e 75,9% em agosto de 93.
Guarita disse não dispor de dados setoriais para dizer se já havia em agosto segmentos da indústria próximos ao nível de utilização plena da capacidade, pressionado pelo crescimento da demanda.
Para Flávio Castelo Branco, também da CNI, a demanda por produtos industriais já chegou ao limite em relação ao poder aquisitivo da população.
A pesquisa mostrou ainda que em agosto as horas trabalhadas na produção cresceram 3,97% em relação a julho e que o total de salários pagos cresceu 1,05%, após dois meses de queda.
O IBGE divulgou sua pesquisa de emprego e salário industrial referente a julho. Ela mostra que o emprego caiu 0,7% em relação a junho e 3,9% na comparação com julho de 93.
Também o salário médio da indústria caiu 2,4%, acumulando em junho e julho uma queda de 4,3% em relação a maio. De maio para junho o valor da folha de pagamentos da indústria apresentou uma queda real de 4,3%.

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