São Paulo, domingo, 16 de outubro de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Procura continua intensa

Os preços dos telefones vendidos no mercado livre de São Paulo caíram entre julho e agosto, após a forte alta de junho. Em setembro retomaram a alta e na última semana tiveram leve queda.
Nem mesmo as notícias de que as futuras parcerias das concessionárias com empresas privadas vão aumentar a oferta de telefones conseguiram derrubar o mercado.
Quando este plano deslanchar, o usuário poderá alugar uma linha por R$ 30,00 mensais e não terá direito de uso. Atualmente, o direito de uso da linha é adquirido por R$ 972,00 nos planos de expansão ou por R$ 3.500, em média, no mercado livre.
Edmon Rubies, da Bolsa de Telefones, empresa que atua na compra, venda e locação em São Paulo, acha que se houver mesmo a oferta de mais 500 mil linhas na área da capital muitas delas ficarão encalhadas.
A forte procura pelos planos de expansão da Telesp, segundo ele, resulta da diferença entre o preço oficial e o de mercado. Boa parte dos interessados que entram em filas estaria atrás de lucro na revenda e formação de patrimônio. Não seria para uso próprio.
Em 1984, quando a oferta de linhas dos planos de expansão cresceu muito em São Paulo, lembra Rubies, sua empresa chegou a cobrar menos que o preço fixado pela concessionária.
Para quem não quer esperar pela maior oferta prometida pela Telesp, Rubies aconselha muito cuidado na compra de uma linha no mercado livre, principalmente se fizer negócio com particulares.
O interessado deve procurar uma empresa com no mínimo cinco anos de atuação no mercado e analisar bem o contrato.
Há linhas que foram retomadas por decisão judicial depois de dez anos nas mãos do comprador, diz Rubies. Podem ser, na origem, de empresas que faliram ou de casais que se separaram de forma litigiosa. Nesses casos, um certificado deve garantir a reposição.

Texto Anterior: Renda dificulta empréstimo
Próximo Texto: Reajuste pode ser revisto
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.