São Paulo, domingo, 16 de outubro de 1994 |
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Schumacher volta em resgate fictício
DA REPORTAGEM LOCAL O retorno do alemão Michael Schumacher às pistas de corrida contém todos os ingredientes de um resgate fictício.Com a morte de Ayrton Senna, os dirigentes da Federação Internacional de Automobilismo perceberam, em curto espaço de tempo, que o rival imediato do brasileiro ficou sem concorrentes na briga pelo título da temporada 94. Resolveram agir. Depois de verem o piloto da Benetton disparar na liderança do Mundial de F-1, puniram o alemão deixando-o suspenso por duas corridas, e cancelaram os pontos obtidos por ele nos GPs da Inglaterra e Bélgica. Para isso, alegaram que o alemão ignorou uma bandeira preta no GP inglês. Mudança de hábito, já que Schumacher fizera o mesmo na volta de apresentação do GP Brasil, impunemente. A decisão, tomada no birô da FIA em Paris, serviu apenas para dar novas cores ao campeonato, que se tornou monótono. Afinal, com Schumacher fora das pistas para cumprir a sentença, a FIA não só deu chances ao inexpressivo Damon Hill de se aproximar do alemão, como fez com que todos os envolvidos com a F-1 desconfiassem da ``honestidade" da equipe Benetton. Resta saber como será hoje o desempenho do principal protagonista da categoria desde a morte de Senna. Schumacher, com 76 pontos, está apenas um à frente de Damon Hill. O alemão, que entrou em rota de colisão com a Benetton quando mostrou interesse em se transferir para a rival McLaren, tem em suas mãos a decisão de querer ou não ser campeão mundial. Os especialistas não levam a sério as insinuações feitas pela equipe Benetton, de que o alemão vai entrar na pista de Jerez de La Frontera com um carro inferior. E muito menos Schumacher, que pretende levar a todo custo o número 1 para a temporada 95. Custe o que custar. Nem que para isso tenha que protagonizar uma farsa, mas com um roteiro capaz de conferir alguma emoção ou seja, interesse do público e patrocinadores. Texto Anterior: Hill e Schumacher trocam acusações Índice |
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