São Paulo, domingo, 16 de outubro de 1994 |
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Governo prepara reforma administrativa
SÔNIA MOSSRI
Ainda em 1994, o governo encontra problemas para cobrir um rombo orçamentário de US$ 1 bilhão. A reforma administrativa também é necessária para a campanha do presidente Carlos Menem à reeleição. Para gerar mais empregos e melhorar os sistemas educacional e de saúde –suas promessas de campanha–, é preciso que o governo argentino tenha mais disponibilidade de recursos ao longo dos próximos quatro anos. Na última semana, especulou-se em Buenos Aires que o governo emitiria uma nova série de bônus para cobrir o desequilíbrio fiscal. O ministro da Economia, Domingo Cavallo, negou. O governo Menem afasta a necessidade de alterar a paridade fixa do peso em relação ao dólar. Com o câmbio fixo, considerado peça-chave do chamado Plano Cavallo, tornou-se mais barato importar, o que desequilibra a balança comercial argentina. Alega-se que as dificuldades que surgem no balanço de pagamentos (diferença entre a entrada e saída de capital no país) são menores do que as registradas oficialmente. A assessoria de Memem afirma que a importação de bens de capital é registrada no seu valor integral no ano em que a operação foi contratada –sem levar em conta que o pagamento é financiado com desembolsos em períodos superiores a dez anos. Este é o argumento do governo para afirmar que não existe crise no balanço de pagamentos. Apesar disso, o Ministério da Economia está ansioso para que o Brasil aumente as importações de mercadorias argentinas, de modo a aliviar as pressões no balanço de pagamentos. (SM) Texto Anterior: 'Menemismo' é nova versão do peronismo Próximo Texto: Iraque recua tropas e faz ataque a Clinton Índice |
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