São Paulo, quinta-feira, 20 de outubro de 1994 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Diretório municipal do PT quer apoio a Covas CARLOS EDUARDO ALVES CARLOS EDUARDO ALVES ; PAULO PEIXOTO
A posição do PT paulistano será levada ao encontro extraordinário (convenção) do PT estadual, que definirá domingo o apoio ou não a Covas. O aval a Francisco Rossi (PDT) está descartado. A votação no diretório foi apertada e reflete certa dificuldade interna para apoiar Covas, apesar de as lideranças mais expressivas do PT já terem declarado a adesão ao candidato tucano. Seis integrantes da Executiva votaram pelo apoio a Covas, mesmo com críticas severas ao ``programa conservador" do candidato. Outros quatro membros da cúpula petista (das áres de esquerda e extrema esquerda) optaram pela não-recomendação do voto a nenhum candidato. A tese do não a Rossi e liberação do voto obteve uma adesão. ``Covas e Rossi não são a mesma coisa", afirmou Cândido Vaccarezza, presidente do PT paulistano e um dos líderes da esquerda que migraram da posição de liberação do voto para o ``apoio crítico" ao tucano. Cresceu nos últimos dias, no PT, o peso da avaliação de que Rossi pode ganhar a eleição se não houver uma movimentação do petismo em direção a Covas. O presidente do PT paulista, Arlindo Chinaglia, tem agendado para hoje um encontro com o presidente do PSDB no Estado, Geraldo Alckmin. Para assegurar o aval a Covas, o mais provável é que as alas majoritárias do PT cheguem a uma resolução com críticas pesadas às alianças do tucano, mas priorizando que Rossi representa, entre outras coisas, a negação de todos os valores defendidos pelo partido. Minas Gerais O prefeito de Belo Horizonte, Patrus Ananias (PT), disse ontem que vai defender na reunião do Diretório Estadual que o PT realiza no sábado o apoio do partido ao candidato do PSDB ao governo de Minas, Eduardo Azevedo. O apoio, segundo Patrus, se dá "em nome dos interesses maiores do Estado". O prefeito disse que não leva em conta o fato de Azeredo não ter lhe dado apoio na campanha para a prefeitura, em 1992. Na reunião da Executiva Regional com os deputados do partido, na noite de anteontem, a opinião majoritária foi de que o PT deve participar no segundo turno trabalhando com a candidatura de Hélio costa (PP). Entre os membros do diretório petista, há ainda quem defenda o voto nulo e quem proponha apenas uma posição contra Hélio Costa. Colaborou PAULO PEIXOTO, da Agência Folha, em Belo Horizonte Texto Anterior: PTB pressiona para ter FHC em palanque Próximo Texto: Brizola decide deixar comando do PDT Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |