São Paulo, quinta-feira, 20 de outubro de 1994
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Prazo do crediário cai para 3 meses

VIVALDO DE SOUSA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro da Fazenda, Ciro Gomes, anunciou ontem um conjunto de medidas para restringir o consumo e tentar conter a inflação. As vendas parceladas e empréstimos bancários não poderão superar três meses. A compras com cartão de crédito terão de ser pagas integralmente.
As medidas devem elevar as taxas de juros e visam conter o aquecimento da economia. Com isso, o governo espera acertar os rumos do Plano Real. ``Estas medidas nada mais são do que um pente fino", disse Ciro.
A formação de novos grupos de consórcio de eletrodomésticos e eletroeletrônicos foi suspensa por tempo indeterminado. O prazo dos novos grupos de consórcios de carros foi reduzido de 50 para 12 meses, e foi proibida a retirada do bem por lance nos novos consórcios, independente do produto.
A limitação dos financiamentos bancários por três meses deve valer a partir de hoje, quando será publicada no ``Diário Oficial da União". Operações de crédito agrícola e outras serão excluídas.
O governo proibiu ainda que os bancos e instituições financeiras financiem empresas de factoring e administradoras de cartão de crédito. No crediário, o limite de três meses não se aplica a financiamentos com recursos próprios.
O fim do pagamento mínimo nas vendas com cartão de crédito vai valer para compras feitas a partir de hoje. A regra não se aplica a compras já efetuadas.
Também foram limitadas em três meses as operações de adiantamento de crédito. O presidente do BC, Pedro Malan, disse que deve definir hoje quais operações de crédito devem ser excluídas do limite de três meses.
As medidas também não alteram a situação dos consórcios em funcionamento e compras já financiadas. Elas foram decididas em reunião do Conselho Monetário Nacional.

LEIA MAIS sobre as medidas na pág. 2-8

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