São Paulo, quinta-feira, 20 de outubro de 1994 |
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Restringir consumo é equívoco, diz Szajman
DA REPORTAGEM LOCAL ``Restringir o consumo não funciona. É um equívoco. O governo deveria se preocupar com medidas para aumentar a produção de bens".A afirmação é do presidente da Federação do Comércio do Estado de São Paulo, Abram Szajman, ao analisar as medidas de restrição ao consumo decididas pelo CMN. Szajman afirma que o aumento da produção é possível porque a indústria nacional ainda trabalha com ociosidade. Para Szajman, os juros deveriam ser menores. Com isso, haveria maior produção com menor preço. ``O que o governo fez são medidas paliativas. Depois, pode piorar, pois quem tem poupança vai comprar agora, temendo aumento de preço no futuro", conclui Szajman. A Associação Brasileira de Empresas de Cartões de Crédito e Serviços avalia, em princípio, que o impacto das medidas de restrição ao consumo não será significativo na redução do uso dos cartões de crédito. Segundo Nilton Volpi, presidente da entidade, a maioria dos usuários dos cartões paga à vista de 70% a 100% do valor dos saldos devedores nas faturas mensais. O presidente da Anfavea, Luís Adelar Scheuer, disse que a decisão do CMN de restringir os prazos dos consórcios é uma ``medida saudável, apesar de se tratar normalmente de uma inibição ao consumo". Segundo ele, ``é preferível isso que o consumidor não ter certeza de encontrar o veículo para o qual foi contemplado". Ele disse ainda que não acredita que ``isso vá inibir a produção de 1,5 milhão de veículos prevista para este ano". Texto Anterior: Blitz da Receita flagra sonegação em revenda Próximo Texto: CMN amplia taxação de capital externo Índice |
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