São Paulo, sexta-feira, 21 de outubro de 1994
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PSDB recua na privatização de estatais para atrair apoio do PT

CARLOS EDUARDO ALVES
DA REPORTAGEM LOCAL

Para ganhar a simpatia do PT, o PSDB está recuando na proposta de privatizar estatais paulistas.
A securitização (transformação da dívida pública em títulos de estatais) é um dos eixos do programa de governo de Mário Covas, candidato tucano ao governo paulista.
Em encontro ontem com a direção do PT paulista, Geraldo Alckmin (candidato a vice na chapa de Covas e presidente do PSDB de São Paulo) disse que a única definição que existe entre os tucanos é a extinção do Baneser. Os petistas têm a mesma posição.
``Nós não definimos nada sobre privatização. Vamos analisar cada caso e o fundamental é a eficiência da empresa", disse Alckmin.
A reunião entre as direções estaduais dos dois partidos foi agendada para esclarecer pontos do programa tucano. O PT decide domingo, em Encontro Extraordinário (convenção), se apóia Covas ou libera os votos de seus militantes.
``Como o Estado está falido, nós perguntamos se não haveria a tentação de privatizar empresas para obter dinheiro para investimentos", relatou o deputado federal eleito Arlindo Chinaglia, presidente do PT paulista.
Chinaglia avaliou a conversa como positiva. Alckmin insistiu que o ``modelo democrático" da administração de Franco Montoro no Estado (83 a 87) será seguido no eventual governo Covas.
Uma das preocupações do PT é acabar com a ``discriminação" que seus prefeitos estariam sofrendo no governo Fleury.
Alckmin afirmou também aos petistas que os investimentos na área social terão aumento significativo, caso Covas vença o segundo turno paulista.
``Temos os mesmos princípios éticos e o apoio da militância do PT seria muito importante para nós", afirmou Alckmin.

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