São Paulo, sexta-feira, 21 de outubro de 1994
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Nove receberam tiros na cabeça

DA SUCURSAL DO RIO

O IML não vai fazer exames complementares para determinar de que distância os tiros foram dados. Esses exames seriam necessários para determinar se os supostos traficantes foram executados, como afirmam as famílias.
``Não há necessidade de exames complementares porque não há nada que identifique execução. O que houve foi um confronto entre bandidos e policiais", disse o diretor do Departamento Geral de Polícia Técnica, o perito Mauro Ricart, 52.
Quatro dos mortos –Adriano Silva Nonato, 18, Alex Viana dos Santos, 17, André Luiz Neves da Silva, 17, e Evandro de Oliveira, 22– apresentam, além das lesões no crânio, outras lesões graves no abdômen: perfuração de pulmão, coração, rins e baço.
No exame de Alex Vianna dos Santos, 17, foram constatados dois tiros: um deles entrou um pouco acima do ouvido direito e o outro atingiu o coração e um dos pulmões.
``Ninguém meteu o pé na porta das casas e foi atirando. Houve troca de tiros. O que não podemos é deixar que eles façam o que estão fazendo, invadindo delegacias e nos ameaçando. Se eles tivessem se rendido com as mãos nas cabeças, isso não teria acontecido", disse Mauro Ricart.
O perito recebeu ontem no final da tarde as armas que foram apreendidas durante a operação da Divisão de Repressão a Entorpecentes na favela Nova Brasília. As armas – seis metralhadoras, três revólveres e uma pistola – serão periciadas.

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