São Paulo, sábado, 22 de outubro de 1994
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Preços sobem 0,88% nos supermercados

MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO

O comércio registrou mais uma semana de alta de preços em São Paulo. A pesquisa Datafolha mostrou aumento de 0,88% nos supermercados, enquanto nos hipermercados os reajustes foram de 1,44% nesta terceira semana de outubro.
Na semana anterior, os supermercados tinham reajustado seus preços em 1,64% e os hipermercados, em 0,74%.
Uma pesquisa mais ampla, que incluiu veículos e materiais de construção, indicou evolução de 2,28% no mesmo período, conforme o Índice de Preços no Varejo da Federação do Comércio do Estado de São Paulo.
As maiores altas foram dos móveis (5,25%) e vestuário (3,60%).
O custo da cesta básica ficou estável na semana. Segundo pesquisa do Procon, em convênio com o Dieese, passou de R$ 103,48 no final da semana anterior para R$ 103,54 ontem.
As maiores pressões estão localizadas nos produtos de higiene, que estão custando 0,6% mais para os paulistanos. A alta se deve à redução dos descontos por parte das indústrias aos supermercados. Estes, por sua vez, diminuíram as promoções.
Já a pesquisa de preços do custo de alimentos básicos feita pelo Datafolha nos supermercados mostrou redução de 0,51% na semana. O aumento de 47% nos preços da cebola e de até 7,8% em alguns dos cortes de carne bovina foi compensado pela redução no feijão e batata.
A pesquisa geral do Datafolha, agora ampliada para 18 supermercados e 18 hipermercados, apontou tendência de alta nos setores de farinha, derivados de carnes, alimentos enlatados e artigos de limpeza.
Já os cereais, campeões de aumentos nas últimas semanas, perderam fôlego. A desova de feijão no mercado, devido à caça do produto pelo governo, provocou queda de 10% na semana.
Os preços do arroz, apesar de o período mais crítico da entressafra estar por vir, não devem ter grandes surpresas. As importações estão facilitadas devido à boa oferta mundial.
No caso do feijão, pode haver problemas de abastecimento em novembro. A oferta será menor.

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