São Paulo, segunda-feira, 24 de outubro de 1994 |
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Torcedor da Mancha Verde continua em coma
MÁRIO MAGALHÃES
Ele foi baleado sábado por volta das 18h30 numa rua lateral do estádio do Maracanã (zona norte do Rio) após a partida entre Flamengo e Palmeiras. Wagner estava num dos 11 ônibus da Mancha Verde que se preparavam para voltar a São Paulo. Os tiros foram disparados do interior de um carro, de acordo com torcedores do Palmeiras e policiais militares. Há divergências sobre o carro, que seria um Monza dourado ou um Gol cinza. Houve seis disparos de pistola 9 mm. Policiais disseram que, pela precisão, o autor é ``profissional". Uma bala atingiu Wagner da Silva no pescoço e se alojou na cabeça do torcedor. Outro membro da Mancha, Márcio Fernandes, 18, foi baleado de raspão no ombro esquerdo. Atendido no hospital Souza Aguiar (centro), voltou para São Paulo anteontem à noite. Wagner da Silva está no setor de politraumatizados do Souza Aguiar. Nenhum médico do hospital explicou por que ele não está na Unidade de Terapia Intensiva. O mais provável é que não haja vagas na UTI. Maior hospital de emergência da América Latina, o Souza Aguiar vive crise por falta de equipamentos e baixos salários. Nesta semana, seus diretores pediram demissão coletiva. A Folha entrou anteontem às 20h35 no local onde estava Wagner. Ele estava nu sobre uma maca, com a cabeça coberta de sangue. Respirava com dificuldade. Não havia enfermeiros por perto. Texto Anterior: FLAMENGO 2 Próximo Texto: Técnico acredita que jogador foi enganado Índice |
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