São Paulo, quinta-feira, 27 de outubro de 1994 |
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Brasil teme versatilidade do Japão
SÉRGIO KRASELIS
Neste quadro, saíram invertidas a média por jogo de pontos de saque (o correto é 3,3) e a média de erros de saque (11,0). No quadro, diz-se que a seleção erra 11,8 passes por jogo - o certo é 1,8. O técnico Bernardo Rezende, o Bernardinho, disse ontem que a versatilidade do Japão vai ser o maior adversário da seleção brasileira amanhã, às 16h, no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. Ele fez a afirmação assim que soube do resultado do sorteio dirigido conduzido ontem pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB), que definiu os jogos das quartas-de-final do 12º Campeonato Mundial de Vôlei Feminino. Bernardinho considera que o time japonês é tão eficiente na defesa como no ataque e bloqueio. O único ponto deficiente da equipe é o passe. Para ele, poucas equipes neste Mundial contam com jogadoras tão versáteis, como a japonesa, que consegue desempenhar bem fundamentos de ataque e defesa. O técnico diz que a seleção precisa ter amanhã muita concentração na partida, especialmente com a atacante Motoko Obayashi (27 anos, 1,82 m e 66 kg). ``É uma atleta que tem muita força e consegue atacar muito bem do fundo da quadra", diz ele. Bernardinho também aponta a meio-de-rede Tomoko Yoshihara (24, 1,79 m e 65 kg) e a atacante Kiyoko Fukuda (24, 1,78 m e 68 kg) como excelentes jogadoras. ``Juntas, elas garantem um poder ofensivo ao bloqueio japonês", afirma Bernardinho. Para anular a recepção do rival, que tem um ataque muito veloz, Bernardinho diz que o saque forçado vai ser a arma do Brasil. O treinador considera a seleção japonesa mais forte do que as equipes coreana e chinesa, que o Brasil já enfrentou na primeira fase do Mundial, realizada em Belo Horizonte. ``Enquanto as coreanas são boas na defesa, as chinesas têm um bloqueio eficiente. A equipe do Japão é regular nestes dois fundamentos, mas tem um ataque potente", afirma o técnico brasileiro. Ele garante que, se não acontecer nenhuma surpresa, o time que enfrenta o Japão deve ser o mesmo que vem jogando como titular: Ana Moser, Ida, Hilma, Márcia Fu, Ana Paula e Fernanda Venturini. Esta será a quarta partida entre Brasil e Japão neste ano. Em abril, a seleção feminina venceu a japonesa na BCV Cup por 3 sets a 1. O adversário devolveu a derrota no Grand Prix 94 (a versão feminina da Liga Mundial), quando venceu por 3 sets a 2. O desempate, a favor do Brasil, foi na finalíssima do GP, em Xangai, quando as brasileiras bateram as japonesas por 3 sets a 1. LEIA MAIS sobre o Mundial de Vôlei Feminino na pág. 3 Próximo Texto: Bagagem e hotel atrapalham equipe Índice |
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