São Paulo, sexta-feira, 28 de outubro de 1994
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Castor de Andrade afirma que se escondeu seis meses no Paraná

DA REPORTAGEM LOCAL E DA SUCURSAL DO RIO

O bicheiro carioca Castor de Andrade chegou ontem às 16h30 à sede da Polinter (Polícia Interestadual), no Rio, onde está preso. Ele afirmou que permaneceu em Curitiba (PR) durante os seis meses em que esteve foragido.
Castor foi capturado anteontem, quando visitava o Salão do Automóvel, no Anhembi, em São Paulo. Seu advogado, Wilson Lopes dos Santos, afirmou que o bicheiro teria passado seis meses em São Paulo.
``Ele ficou em São Paulo, até porque gosta muito da cidade", disse Lopes dos Santos, que afirmou ainda que Castor de Andrade se entregaria à polícia carioca na próxima segunda-feira.
Quando saiu da Polinter, por volta das 17h15, depois de ter conversado com o bicheiro, Lopes dos Santos afirmou que Castor esteve em São Paulo ``apenas de passagem" e que teria vindo de Curitiba, onde teria ficado hospedado ``na casa de um amigo".
Castor de Andrade disse ontem que estava no Salão do Automóvel para comprar um carro, com o qual pretendia ir para o Rio e se entregar à polícia.
A informação é do advogado Hélio Bialski, contratado para cuidar da transferência do bicheiro de São Paulo para o Rio.
Ele teria se encontrado com seus sobrinhos Rogério e Ana de Andrade e Silva, no Anhembi, por acaso. Segundo o advogado, o fato de haver um automóvel Honda preto –igual ao de Castor–, nas proximidades de onde ele foi preso, seria coincidência.
À polícia, Castor teria dito que já estava em São Paulo há alguns dias. De acordo com o delegado Everardo Tanganelli, ele disse estar com o Honda, um motorista e os sobrinhos.
Segundo a polícia, o proprietário do carro é Artur Mendes, residente à rua dos Franceses, 494. Ele não foi encontrado ontem.

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