São Paulo, domingo, 30 de outubro de 1994
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Rossi ataca declarações de apoio ao adversário

DA REPORTAGEM LOCAL

O candidato do PDT ao governo do Estado, Francisco Rossi, vai tentar conquistar votos intensificando em sua campanha o discurso de que está acima dos partidos e que não pactua com lideranças políticas.
A estratégia pedetista prevê divulgar que, ao contrário do tucano Mário Covas, Rossi recebeu até agora poucas demonstrações públicas de apoio.
A meta da cúpula de campanha de Rossi é conquistar o chamado ``voto de protesto" ao afirmar que os problemas do país foram gerados por políticos que hoje estão ao lado de seu adversário.
Alberto Goldman (PMDB), Luiza Erundina (PT), Aloysio Nunes Ferreira (PMDB), Delfim Neto (PPR), José Genoino (PT), Cunha Bueno (PPR) e partidos como PT, PL e PSB já declararam apoio à candidatura tucana.
Desde o início da campanha para o segundo turno da sucessão paulista, Rossi tem tentado se desvincular dos políticos renegando até mesmo o seu próprio partido, o PDT. ``Partido não serve para nada", chegou a dizer.
A própria trajetória política do candidato mostra seu desprezo por partidos. Rossi já foi da Arena, PDS, PCN e colaborou com o PRN de Fernando Collor de Mello nas eleições presidenciais de 89.
A estratégia pedetista começa a ser intensificada a partir desta semana no horário eleitoral gratuito.
Rossi também pretende demonstrar que as propostas apresentadas por candidatos durante as campanhas são ``vazias".
Segundo ele, programas de governo são ``falsas promessas" apresentadas somente durante o período eleitoral.
Antes de implantar projetos, Rossi quer ``fechar o Estado para balanço" e conhecer a situação financeira do governo estadual.
Mesmo tentando demonstrar publicamente não ter vínculo com líderes políticos, o pedetista já tentou conquistar apoios. Rossi mandou emissários do PDT, por exemplo, procurarem o governador Luiz Antonio Fleury Filho e o prefeito da capital, Paulo Maluf.

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