São Paulo, domingo, 30 de outubro de 1994
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Brasileiro vai à Copa dos EUA de Uno Mille

Para acompanhar de perto a seleção brasileira nos gramados dos Estados Unidos, durante a Copa do Mundo, fez com que o empresário Wanderley Martinez Sanchez, 49, realizasse uma verdadeira saga com seu Uno Mille Eletronic ano 94.
Em companhia de sua mulher Marlene Marquez Sanchez, que não dirige, o empresário pilotou seu carro por 26.500 km.
Cruzou três continentes e 12 países, somente para assistir três partidas do Brasil, contra Camarões, Suécia e Holanda.
Durante todo o trajeto, o carro não apresentou nenhum problema grave, garantiu o empresário. "Troquei apenas um pneu e óleo do motor".
Pequenos pontos de ferrugem nas placas de identificação, dianteira e traseira, e um início de corrosão nos cabos de vela, causada por vazamento de líquido da bateria foram os outros problemas verificados.
O Mille foi transportado de navio de Miami (Flórida) até o Brasil e liberado no porto de Santos (SP).
Sanchez saiu de Ponta Porã (1.117 km de São Paulo), no Mato Grosso do Sul, dia 19 de maio. A chegada em São Francisco aconteceu após 28 dias.
O casal voltou ao Brasil de avião, no dia 15 de julho.
Durante a viagem, apenas o trajeto entre Cartagena, na Colômbia, e Colón, no Panamá, foi feito de barco (veja mapa ao lado).
"O carro estava com 3.000 km antes da viagem. Apenas na região dos Andes, no Chile, o motor perdeu potência por causa do ar rarefeito", disse.
Entre despesas com hospedagem, alimentação e combustível, Sanchez afirmou ter gasto um total de US$ 11 mil.
O pequeno Mille, com placas de Três Lagoas (MS), causou espanto em Los Gatos, na Califórnia, reduto dos brasileiros na primeira fase da Copa do Mundo.
"Foi inacreditável ver um carro brasileiro de 1.000 cc nos Estados Unidos", diz o paulista Marcelo Camargo Monico, 26, gerente de uma importadora em Miami.
O irmão de Monico, Amauri Camargo, 30, intercedeu junto à empresa Crowley American Transport, para conseguir transporte marítimo ao Uno.
"Eles gostaram da história e resolveram não cobrar nada pelo frete", disse Camargo.

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