São Paulo, segunda-feira, 31 de outubro de 1994
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Dysney fatura US$ 1 bi com filme ``O Rei Leão"

KATIA MILITELLO
DA REPORTAGEM LOCAL

O clima hamletiano do desenho animado ``O Rei Leão" conquistou as crianças. A consequência direta dessa empatia traduz-se em negócios que devem superar US$ 1 bilhão em todo o mundo com o licenciamento dos personagens.
O 32º longa-metragem dos estúdios Walt Disney estreou em junho nos EUA e no Brasil. Em dois meses quebrou o recorde de bilheteria da temporada de verão nos EUA. Gerou US$ 262 milhões.
Segundo previsões, seu faturamento final alcançará US$ 270 milhões, perdendo apenas para ``O Parque dos Dinossauros" (US$ 300 milhões em 93).
No Brasil, 4,7 milhões de crianças, adolescentes e adultos torceram para que Simba, herdeiro de Mufasa, rei do próspero território de Pedra do Rei, conseguisse subir ao trono após a morte do pai.
Nesta torcida estão também 25 empresas. Licenciadas da Disney do Brasil, elas lançaram 250 produtos relacionados com ``O Rei Leão" e esperam vendas no varejo de US$ 50 milhões até dezembro.
Estimativas de Elcan Diesendruck, presidente da Disney do Brasil, com base nos primeiros mapas de vendas dos produtos licenciados, mostra que ``O Rei Leão" deve superar em 65% os resultados de ``Aladdin".
A Estrela é uma das que aposta no sucesso da família Simba. Lançou na estréia do filme uma linha de brinquedos em pelúcia e plástico inspirada nos personagens.
Tomando como base o sucesso no Dia da Criança, Diesendruck estima que para o Natal devem faltar produtos ligados ao filme.
``Alguns já se esgotaram e as empresas estão com dificuldades para repor por falta de matéria-prima", diz o presidente da Disney.
Marketing
O empurrão inicial dado ao desenho animado inspirado no clássico ``Hamlet", de Shakespeare, consumiu no Brasil US$ 5 milhões em marketing e promoções.
Isso é 230% mais do que o gasto na estréia de ``Aladdin".
A estimativa da Disney de movimentar US$ 1 bilhão em licenciamento é confirmada pela corretora norte-americana Oppenheimer & Company, que estudou as chances de ``O Rei Leão" no mercado mundial de consumo.
Em Miami, sede da Disney Consumer Products, a diretoria gasta boa parte do tempo atendendo fabricantes da América Latina que querem ter suas marcas associadas a ``O Rei Leão".
O vice-presidente executivo da Disney, Stephen De Kanter, disse à agência de notícias UPI que o interesse de empresas latino-americanas despertou na companhia o desejo de tocar projetos conjuntos de licenciamento no futuro.

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