São Paulo, segunda-feira, 31 de outubro de 1994
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Bloqueio cubano foi decisivo para a derrota

EDGARD ALVES; SÉRGIO KRASELIS
DA REPORTAGEM LOCAL

A atacante de ponta Hilma, titular do time brasileiro, resumiu em poucas palavras a superioridade da seleção cubana na partida decisiva. ``Eu me sentia como se estivesse diante de um paredão".
As jogadas das brasileiras pararam no bloqueio do conjunto cubano. O ataque adversário também foi implacável, sem chance de defesa para o Brasil. Na verdade, deu a lógica. Cuba era mesmo a favorita.
Virna, que entrou no lugar de Hilma durante a partida, disse que a medalha de prata também valeu. Destacou que o time brasileiro entrou ``nervoso e não jogou o que sabia". Mas fez questão de elogiar as adversárias. ``Parabéns para elas", disse.
A meio-de-rede Edna, que entrou no terceiro set, declarou que, pelo que deu para ver do lado de fora, ``o bloqueio delas estava montado sobre o ataque brasileiro".
``Não conseguimos neutralizar o bloqueio cubano. Parecia um paredão. O Brasil não encontrou seu jogo", afirmou Ana Flávia.
Ao deixar a quadra, Ana Flávia explicou os motivos que a levaram a procurar o juiz para conversar durante a partida. Ela disse que o desentendimento entre a brasileira Márcia Fu e a cubana Mireya, era uma ``coisa feia" para o público. ``Decidi interferir". Ela diz que a cubana também a ofendeu, mas tudo acabou resolvido na conversa.
Enquanto as jogadoras se preparavam nos vestiários para a cerimônia de encerramento, o público que lotou o Ibirapuera manifestava seu apoio ao time nacional. ``Pode ganhar, pode perder, sou brasileiro até morrer", gritavam os torcedores.
No final do jogo, a torcida também fez coro de ``é vice-campeão, é vice-campeão".
(EA e SK)

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