São Paulo, segunda-feira, 31 de outubro de 1994
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Edmundo deixa o Morumbi disfarçado

Jogador usa uniforme e capacete da PM

UBIRATAN BRASIL
DA REPORTAGEM LOCAL

O atacante Edmundo, do Palmeiras, deixou o estádio do Morumbi disfarçado de policial militar. O jogador fugia da torcida do São Paulo, que ameaçava agredi-lo.
Às 21h07, depois de ceder material para exame antidoping, Edmundo foi escoltado por quatro policiais, que o conduziram por uma saída alternativa.
Para evitar o saguão do Morumbi, lotado de torcedores são-paulinos, a polícia disfarçou o atacante e o conduziu pelo gramado até a viatura de número 92027, que deixou Edmundo no CT do Palmeiras, na Barra Funda.
``A culpa de tudo isso é do diretor de futebol do São Paulo, Kalef João Francisco, que me insultou", disse Edmundo.
O início da confusão aconteceu aos 39min do 2º tempo, quando Edmundo reclamou de um impedimento. Kalef xingou o jogador, que respondeu.
``Eu disse a ele que se afastasse, mas fui xingado", disse o técnico Telê Santana. No lance seguinte, Edmundo deu um carrinho violento em Euller.
O meia Juninho, do São Paulo, aproximou-se do atacante palmeirense e deu-lhe um leve tapa na cabeça. Edmundo iniciava a discussão, quando o árbitro Cláudio Cerdeira expulsou os dois jogadores.
Quando Edmundo saía do gramado, o lateral são-paulino André se aproximou. ``Fui buscar a bola", disse o jogador. ``Ele me cuspiu e deu uma cabeçada", contou Edmundo, que reagiu com um soco no supercílio esquerdo.
A agressão detonou a pancadaria entre os times. O jogo ficou interrompido durante oito minutos. O árbitro expulsou Gilmar, Muller, César Sampaio e Antônio Carlos.
``Um absurdo. Só tentávamos apartar a briga", disse Gilmar. Depois do jogo, André fez um boletim de ocorrência no 34º DP, na Vila Sônia (zona sul de São Paulo) contra Edmundo. O Palmeiras promete ir à polícia contra Kalef.

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