São Paulo, segunda-feira, 31 de outubro de 1994
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Pereira quer valorizar a posse da bola

MÁRIO MOREIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O técnico Jair Pereira já sabe o principal ponto a ser melhorado no Corinthians na sequência do Campeonato Brasileiro: a capacidade de valorizar a posse da bola.
``O time precisa saber o ritmo certo a ser imposto em cada momento da partida. Tem hora para atacar e hora para prender a bola. Às vezes, estamos indo para cima do adversário quando poderíamos segurar um pouco o jogo", disse ele, após a vitória de 2 a 1 sobre o Paysandu, sábado, no Pacaembu.
Esse resultado garantiu ao Corinthians a conquista do primeiro turno da segunda fase do Campeonato Brasileiro no Grupo E, o que lhe garantiu a classificação às quartas-de-final da competição.
No sábado, os jogadores corintianos perderam 52 bolas no total. Destas, 30 foram perdidas pelos atacantes –sete por Viola, oito por Marques e 15 por Marcelinho, segundo o Datafolha.
No atual Brasileiro, a média de bolas perdidas por equipe é de 46 por jogo.
O próprio Marcelinho reconheceu a deficiência apontada pelo técnico. ``A questão é que eu e o Marques somos muito rápidos e procuramos jogar mais em velocidade. Mas podemos segurar mais a bola", disse o atacante.
Sobre a partida contra o Paysandu, o técnico considerou normal a dificuldade do Corinthians em conseguir a vitória.
``O Paysandu é um time bem armado. E foi um jogo tenso para nós, porque disputávamos uma classificação, enquanto eles não tinham nada a perder."
O treinador corintiano afirmou discordar da avaliação do lateral-esquerdo Branco, segundo o qual o time fez algumas ``firulas" (jogadas com excesso de preciosismo) desnecessárias.
Apesar disso, Pereira afirmou que o meia Souza ``às vezes não deve driblar tanto".
O zagueiro Pinga disse que o Corinthians apresentou dois tempos ``distintos" no jogo.
``No primeiro, nos posicionamos corretamente e não fomos surpreendidos. No segundo, quando o Paysandu tocou a bola com velocidade, nos desorientamos e depois tivemos que nos reequilibrar", afirmou ele.
Já o Corinthians reduziu a potência do seu ataque ao longo do jogo: no primeiro tempo, finalizou 11 vezes; no segundo, sete.
Para Pinga, as constantes modificações na formação da dupla de zagueiros, devido a contusões, têm prejudicado o entrosamento do setor. ``No momento em que o Jair Pereira acertar isso, vamos resolver o problema da defesa."

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