São Paulo, quarta-feira, 2 de novembro de 1994 |
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Apoio de Maluf faz PT pressionar Covas
EMANUEL NERI
"Para a história política de Covas, é um escândalo o comportamento dele em relação a Maluf", disse ontem o deputado José Dirceu, que disputou o governo paulista pelo PT. Além de Dirceu, a reunião com Covas terá a presença do ex-presidenciável petista Luiz Inácio Lula da Silva. A aproximação entre Covas e Maluf causou mal-estar no PT. O tucano tem dito que o apoio do prefeito paulistano é "bem-vindo" e que compensará os votos que poderá perder dos petistas. Na avaliação de Dirceu, Covas terá mais pejuízos do que benefícios. "Há riscos de ele perder a eleição por causa dessas contradições. Francisco Rossi está explorando isso muito bem", afirmou. O PT aprovou seu apoio a Covas antes de o tucano iniciar seu assédio aos malufistas. Depois do apoio de Maluf, o candidato acenou com a possibilidade de juntar PPR e PT em seu governo. O presidente do PT paulista, Arlindo Chinaglia, também condenou o assédio aos malufistas. "Não se sabe mais qual é o limite dessa aproximação (com Maluf)", dissse Chinaglia. Segundo ele, a estreita ligação covista-malufista deixa em dúvidas o programa de governo que Covas promete executar. O PT não pretende alterar a decisão de votar em Covas no segundo turno, mas Dirceu lembra que o eleitor petista é antimalufista: "Tudo o que a Erundina fez na Prefeitura o Maluf desmontou". Dirceu acredita que uma parcela significativa do PT poderá optar pelo voto nulo. O prefeito Paulo Maluf descansa com a família num hotel em Manaus. A Folha o procurou diversas vezes ontem. No hotel, disseram que ele estava passeando. Texto Anterior: Polícia impede invasão de fazenda na Bahia Próximo Texto: Líder petista reafirma apoio Índice |
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