São Paulo, quarta-feira, 2 de novembro de 1994
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General fez segurança da Eco 92

CRISTINA GRILLO
DA SUCURSAL DO RIO

O general de brigada Roberto Jugurtha Câmara Senna, 53, é visto nos meios militares como um oficial em ascensão.
Em 1992, fez parte do grupo do Comando Militar do Leste encarregado de fazer a segurança da cidade durante a Eco 92.
Promovido a general de brigada em março, agora passa a ocupar um cargo de destaque.
Sua indicação para a coordenação do órgão central que irá combater o tráfico e o contrabando de armas no Rio não surpreendeu.
A Folha apurou que os generais mais antigos do Exército não queriam ser indicados para a coordenação do órgão criado ontem pelo presidente Itamar. O posto é visto como "um abacaxi".
O general Câmara Senna seria então a pessoa ideal para o lugar: com formação específica em artilharia, ótimo desempenho em vários cursos de formação e um dos mais novos generais do Exército.
Para os generais mais antigos, o cargo para o qual Câmara Senna foi indicado é o que se chama de "boca podre" –um lugar onde se tem muito trabalho.
O general de brigada Câmara Senna entrou no Exército em março de 1957. Fez os cursos de formação de oficiais de artilharia da Academia Militar de Agulhas Negras e de Comando e Estado Maior na Escola de Comando e Estado Maior do Exército (Eceme).
Além disso, tem cursos de pára-quedista e mestre de salto. O general fez também um curso de comando no Centro de Instrução de Pára-quedistas General Penha Brasil.
O curso é dado apenas a oficiais de comando de tropas de elite e é considerado um dos mais duros do Exército.
Inclui sobrevivência na selva e rastreamento de inimigos em locais de geografia difícil.

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