São Paulo, quarta-feira, 2 de novembro de 1994 |
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Saldo cambial é de US$ 962 mi
DA REPORTAGEM LOCAL O mercado de câmbio fechou o mês de outubro com um ingresso líquido de US$ 962 milhões, dos quais US$ 755 milhões (78%) foram decorrentes do superávit nas operações comerciais (exportações menos importações).Houve também um superávit de US$ 207 milhões nas transações financeiras, ao contrário do que ocorreu de julho a setembro, quando as remessas ao exterior superaram as entradas. O volume de ACCs (Adiantamentos de Contratos de Câmbio) dos exportadores atingiu US$ 3,233 bilhões em outubro, enquanto as importações somaram US$ 2,478 bilhões. Nas operações financeiras, as entradas foram de US$ 4,561 bilhões e as saídas de US$ 4,354 bilhões. As medidas baixadas pelo governo na área cambial nos últimos dias 20 e 21 ainda não conseguiram refrear o fluxo de entrada de divisas que vem deprimindo as cotações do dólar desde o início do Plano Real. O objetivo das medidas é desestimular os ACCs e os refinanciamentos de importações por meio das operações de assunção de dívida, bem como empréstimos externos (eurobônus) e investimentos estrangeiros nas Bolsas de Valores e nos fundos de renda fixa. Segundo Sidnei Nehme, diretor da NGO Corretora de Câmbio, a alta dos juros promovida anteontem pelo Banco Central acabou neutralizando em parte o efeito das medidas. "Uma alta na taxa de juros gera uma tendência de baixa no câmbio", disse Nehme, observando que as operações de ACC foram retomadas. Na sua opinião, o governo está em córner, ou seja, acuado entre a necessidade de aumentar os juros para conter o consumo e a de inibir o ingresso de dólares em função da diferença entre as taxas domésticas e as internacionais. Texto Anterior: Mercado teme 'indexação suja' na elevação dos juros Próximo Texto: Índice Bovespa cai, mas volume sobe Índice |
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