São Paulo, quarta-feira, 2 de novembro de 1994
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Vendas de consórcios param

DA REPORTAGEM LOCAL

As vendas de consórcios de carros estão paradas. O motivo é a redução no prazo de pagamento, de 50 para 12 meses, determinada pelo governo no mês passado.
Segundo Egídio Módolo, presidente da Abac (Associação Brasileira das Administradoras de Consórcios), o prazo de 12 meses é para quem tem alto poder aquisitivo –pessoas da classe média alta.
Em 12 meses somente é possível vender carros "populares", diz. Mesmo assim, dois fatores estão impedindo essas vendas: a prestação agora é muito alta para a classe baixa, que antes conseguia comprar em 50 meses; e, as concessionárias estão evitando as vendas porque não têm o carro para entregar.
O presidente da Abac espera que o governo volte atrás nas medidas adotadas, ou então amplie o prazo de 12 meses para carros e permita novos consórcios de eletrodomésticos e de eletroeletrônicos, que estão suspensos.
Se isso não ocorrer, Módolo estima que muita gente será demitida. Ele informou que tem conhecimento de que já ocorreram algumas dispensas. "Se nada for feito pelo governo, em 30 dias haverá demissões em massa."
As administradoras não terão como sobreviver, diz Módolo. Segundo sua previsão, cerca de 20 mil trabalhadores de consórcios no país (um terço do total) poderão ficar sem emprego.

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