São Paulo, quinta-feira, 3 de novembro de 1994
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Alencar e Garotinho estão sob investigação

DA SUCURSAL DO RIO

Marcello Alencar (PSDB) e Anthony Garotinho (PDT), candidatos ao governo do Rio de Janeiro, são alvos de processos de investigação do Ministério Público.
A Procuradoria da República apura o envolvimento de Alencar e de seu filho Marco Aurélio em operações financeiras irregulares feitas pela Prefeitura do Rio. O tucano administrou a cidade de 1989 a 1993. À época, pertencia ao PDT.
As aplicações no mercado financeiro feitas pelo então prefeito com recursos públicos teriam causado um prejuízo de US$ 13,4 milhões ao Banerj (Banco do Estado do Rio de Janeiro).
Uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Câmara Municipal de Campos, que foi governada por Garotinho também entre 89 e 93, concluiu que o então prefeito da cidade deixou de prestar contas de uma doação de US$ 2 milhões.
O relatório final da comissão está nas mãos da Procuradoria de Justiça do Rio, que ainda analisa a perícia contábil feita nos balancetes da administração do pedetista.
Apesar de terem deixado as Prefeituras do Rio e de Campos com altos índices de popularidade, Alencar e Garotinho são acusados de várias irregularidades em suas governos, o que tem ajudado a subir a temperatura da disputa pela sucessão de Nilo Batista (PDT).
Tanto as conclusões da CPI campista como as atividades suspeitas do filho do tucano estão servido de munição para Garotinho e seu adversário do PSDB se atacarem mutuamente no horário eleitoral gratuito.
A troca de denúncias entre os dois é tão intensa que o debate que a TV Globo programou para o próximo domingo terá regras inéditas: a qualquer ofensa ou denúncia, o microfone é cortado e a palavra passa para o adversário.

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