São Paulo, quinta-feira, 3 de novembro de 1994
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Prostituta ganha R$ 200 em 3 dias

LUCAS FIGUEIREDO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Sexo também é dinheiro. Este é um dos argumentos daqueles que defendem a proposta de que as casas de prostituição devem permanecer no centro histórico.
"O local é um meio de subsistência não só para as moças, mas também para a cidade", diz Tânia "Loura", uma das mais antigas prostitutas de Planaltina, com 30 anos de profissão.
"Mexer nisso é colocar o dedo na ferida. Muita gente vive do dinheiro que gira em torno desse negócio", afirma padre Agostinho.
A maioria das prostitutas ganhava no máximo um salário mínimo antes de entrar na profissão. "Agora, eu tiro R$ 200 em três dias", diz Áurea Alves do Nascimento, 28, que abandonou a vida de doméstica para trabalhar na La Bodeguita.
Os "programas" custam de R$ 30 a R$ 50 e duram no máximo de 30 minutos.
A proprietária da casa, Márcia Vieira, 25 anos, fatura entre R$ 200 e R$ 500 por dia. Há cinco meses no ramo, ela já comprou um Corsa 0 km com o dinheiro.
As casas de prostituição também movimentam um comércio ao seu redor, com gente que vem de outras cidades para vender bebida e comida.

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