São Paulo, quinta-feira, 3 de novembro de 1994
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Empresários apóiam campanha pró-turismo

Cidade precisa melhorar infra-estrutura, avalia secretário

DA REPORTAGEM LOCAL

Os organizadores dos principais megaeventos que aconteceram na cidade no mês de outubro apóiam a criação de uma campanha para promover o potencial turístico de São Paulo.
Anteontem, a Folha, em editorial, defendeu a institucionalização de um "superutubro" como marca permanente de São Paulo.
"Devemos prestar mais atenção ao mês de outubro e perceber as necessidades dos turistas que chegam à cidade", diz Fausto Camunha, 51, secretário de Esportes e Turismo do Estado de São Paulo.
"Mas a cidade ainda não tem uma infra-estrutura turística como a do Nordeste e do Sul do país", reconhece o secretário.
Os promotores dos megaeventos divergem, no entanto, sobre a conveniência de a cidade realizar em um só mês tantas atividades.
"A coincidência de megaeventos deve se repetir muitas vezes", acredita o presidente da Fundação Bienal, Edemar Cid Ferreira, 51.
"A cidade já é reconhecida como capital cultural do Mercosul, o que deve estimular os paulistanos a criarem uma campanha como a 'I Love New York", diz.
A campanha americana surgiu nos anos 70 para atrair visitantes nos fins-de-semana, quando a cidade recebia menos turistas. São Paulo está hoje em situação semelhante. A ocupação dos hotéis cai, em média, 30% nos finais de semana.
Diretor-executivo do São Paulo Convention and Visitors bureau, Aristides de La Cury, 41, acha importante pulverizar os eventos no calenário da cidade.
"Assistimos em outubro uma superlotação dos hotéis de São Paulo. É possível distribuir os eventos melhor durante o ano."
Para evitar confusões como as ocorridas nos hotéis em outubro (alguns músicos tiveram que esperar para ocupar um quarto), Monique Gardemberg quer que o Free Jazz volte a acontecer em setembro em 95. "Para o público não é interessante que a mostra de cinema e o Free Jazz coincidam", diz.
Leon Cakoff, 46, organizador da mostra, concorda. "As pessoas que comarecem às duas atividades são as mesmas." Para ele, um evento roubaria público do outro.

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