São Paulo, sábado, 5 de novembro de 1994
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Operação conjunta deve começar segunda-feira

DA SUCURSAL DO RIO

A ação conjunta entre governo do Estado do Rio e governo federal deverá começar efetivamente na próxima segunda-feira. A sistemática de trabalho conjunta para combater o tráfico de drogas e o porte ilegal de armas no Rio foi acertada em reunião entre o governador Nilo Batista e os generais Edson Alves Mey, comandante militar do Leste, e Roberto Câmara Senna, indicado pelo governo federal para comandar as operações.
Ao final de duas horas e meia de reunião, realizada ontem no palácio Guanabara (sede do governo do Rio), o governador teve a garantia por parte do general Câmara Senna de que todas as ações ocorrerão dentro do respeito aos preceitos constitucionais, garantidos os direitos individuais e o respeito aos direitos humanos.
Os dois militares chegaram às 16h50 e conversaram durante uma hora a sós com o governador. Apenas por volta das 18h é que foram chamados ao gabinete os quatro secretários de Estado que já estavam no Palácio: Arthur Lavigne, da Justiça; Carlos Magno Nazareth Cerqueira, da Polícia Militar; Mario Covas, da Polícia Civil; e José Halfeld Filho, da Defesa Civil.
A reunião do governador e dos generais, encerrada às 19h30, sacramentou a decisão de manter as ações nas zonas de ação dos traficantes –principalmente nos morros do Rio– nas mãos de efetivos estaduais, sobretudo da Polícia Civil.
Às forças federais –Forças Armadas e Polícia Federal– caberia o combate, controle e apreensão de armamentos cujo porte é proibido.
Os generais saíram por uma porta lateral do palácio, sem dar entrevistas. O governador também evitou os jornalistas, porque ficou acertado na reunião que, de agora em diante, é proibido passar informações sobre o planejamento da operação à imprensa.

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