São Paulo, terça-feira, 8 de novembro de 1994 |
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Traficantes entregam armas na zona norte
CRISTINA GRILLO
Em dois telefonemas –um para uma delegacia e outro para o gabinete de Nilo Batista– a associação de moradores da favela avisou que a quadrilha liderada pelos traficantes conhecidos como Gegê e Adão da Penha tinha entregue as armas. Junto com as armas, deixadas na porta da associação, havia um cartaz. Nele, os traficantes diziam: "Não guerreamos com a polícia, muito menos com as Forças Armadas. Adeus comunidade. Adão e Gegê." Nilo Batista chegou à favela por volta das 13h, de helicóptero. Ele estava com a mulher, Vera Malagutti Batista. Vera teria recebido o telefonema da presidente da Associação de Moradores da Favela de Parada de Lucas, Santusa Constantina, avisando sobre a entrega das armas. "Só espero que isso não seja uma fraude, mas um sinal de mudança", disse o governador. Célio Maciel disse ter sido advogado de Adão dos Santos Gomes e de Gerimaldo Corrêa. Segundo ele, apesar de não trabalhar mais para os dois, foi chamado pela associação de moradores, que estaria preocupada com uma virtual invasão do Exército. "Eles queriam uma orientação, pois estão com medo de uma ação aqui dentro", disse o advogado. Maciel teria então recomendado que os traficantes entregassem as armas e deixassem a favela. Na porta da associação de moradores foram deixadas seis escopetas, uma submetralhadora Intratec, um fuzil AR-15, sete pistolas e cinco revólveres, além de uma caixa com diversos tipos de munição. Texto Anterior: Incêndio em casa mata duas crianças em SP; Acidente na Dutra mata quatro pessoas; Explosão em usina mata 5 em Alagoas Próximo Texto: Advogado quer negociar penas Índice |
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