São Paulo, domingo, 13 de novembro de 1994
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Saúde e educação são as prioridades de eleitor, aponta pesquisa Datafolha

DA REPORTAGEM LOCAL

Pesquisa Datafolha realizada em cinco Estados e no Distrito Federal mostra que os eleitores consideram a saúde pública o principal problema a ser enfrentado pelos próximos governadores. Em segundo lugar, aparece a educação.
Os Estados pesquisados pelo Datafolha foram Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Goiás, Minas Gerais e Bahia.
Os outros problemas mencionados com mais frequência pelos eleitores foram desemprego, habitação e segurança.
Os eleitores do Rio Grande do Sul são os mais preocupados com a saúde pública: 75% consideram esta área prioritária.
Os eleitores baianos foram os únicos a incluir a falta de saneamento básico entre os cinco primeiros problemas do Estado.
As principais medidas sugeridas pelos entrevistados para enfrentar a crise na saúde são o aumento do número de médicos e funcionários, a melhoria do atendimento, a expansão da rede de saúde pública e a maior oferta de remédios.
Na área da educação, os eleitores foram unânimes em apontar o aumento dos salários dos professores e funcionários como principal caminho para melhoria do setor.
A medida é mencionada, por exemplo, por 42% dos gaúchos, 40% dos catarinenses e 35% dos mineiros e moradores do DF.
A construção de novas escolas e a melhoria da formação dos professores e da qualidade do ensino estão em segundo lugar nas sugestões dos eleitores.
O aumento dos salários dos médicos também aparece na relação de problemas da saúde considerados prioritários. A defesa da medida alcança 16% no DF, 9% em Santa Catarina, 10% em Minas Gerais, 8% na Bahia e 6% no Rio Grande do Sul.
Regiões
A importância que as diferentes regiões (metropolitana, capital e interior) dão para cada tema varia de um para outro Estado.
Só a segurança tem um tratamento uniforme: como era previsível, preocupa mais os moradores das capitais que os do interior.
A saúde é mencionada mais por moradores do interior do Rio Grande do Sul (78%) que da capital (66%) ou região metropolitana (71%). Em Santa Catarina, a situação se inverte. A saúde é o principal problema para 73% dos eleitores da capital e 69% do interior.
O desemprego preocupa mais os moradores do interior que das capitais no Rio Grande do Sul, Goiás, Distrito Federal e Santa Catarina. Em Minas Gerais e na Bahia, a maior preocupação com o desemprego está nas regiões metropolitanas.
O combate à corrupção não está entre as principais inquietações dos eleitores. O problema é mencionado por 1% dos eleitores baianos e 2% dos gaúchos, catarinenses, mineiros e goianos.
A corrupção nem sequer é mencionada pelos eleitores do Distrito Federal, que conviveram de perto com o impeachment de Collor e o escândalo do Orçamento.
A pobreza e a fome só aparecem entre os cinco primeiros problemas apontados pelos eleitores de Minas Gerais (12%) e da Bahia (14%).

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