São Paulo, segunda-feira, 14 de novembro de 1994
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Britto e Dutra vão se enfrentar pela 3ª vez

CARLOS ALBERTO DE SOUZA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

O segundo turno da eleição ao governo do Rio Grande do Sul é uma espécie de terceiro round na luta travada nas urnas por Olívio Dutra (PT) e Antônio Britto (PMDB) desde 1988.
Naquele ano, quando não havia segundo turno, Dutra derrotou Britto e assumiu a Prefeitura de Porto Alegre.
A vantagem de Britto sobre Dutra, em outubro, por pouco não lhe rendeu o governo gaúcho já no primeiro turno.
Ajudado pelos demais candidatos, Dutra, que teve 34,7% dos votos, conseguiu provocar o segundo turno. Conforme a pesquisa Datafolha publicada na quinta-feira, eles chegam à decisão tecnicamente empatados.
Britto, que tem o apoio do presidente eleito Fernando Henrique Cardoso (PSDB), apareceu com 45% dos votos na pesquisa. Sua curva é descendente. Ele tinha 49% em 13 de outubro e 46% no dia 27.
Dutra subiu de 37% para 38% até chegar aos 44%.
Para este segundo turno, o petista, que leva vantagem na capital e região metropolitana, reforçou sua campanha com o apoio de Leonel Brizola (PDT), o líder político mais tradicional do Estado.
Britto, que no primeiro turno venceu em cerca de 390 dos 427 municípios, teve sua candidatura recomendada pelo PPR-RS.
Dutra, 53, é bancário e formado em letras. Em 82, concorreu ao governo. Em 86, se elegeu deputado e em 88, prefeito.
Britto, 42, é jornalista e deputado. Como Dutra, elegeu-se pela primeira vez em 86. Foi ministro da Previdência no governo Itamar.

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