São Paulo, segunda-feira, 14 de novembro de 1994
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Irmão abandona a prática do surf

DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO LUÍS

A família de Carlos Adileno Duarte Magalhães tem um ex-surfista, Cleber, que abandonou a prancha há quatro anos depois de ouvir histórias de ataques de tubarões em São Luís (MA) contadas por seus amigos.
Até hoje, Cleber, irmão do estudante morto no domingo, decora a parede do quarto com uma reportagem da revista "Fluir", especializada em surfe, sobre dois ataques registrados em 8 de julho de 1990 na praia do Olho d'Água.
Os tubarões morderam o pé de um surfista e o braço de outro, ambos companheiros de surfe de Cleber.
Cleber e Carlos moravam sozinhos numa casa do bairro São Cristovão, em São Luís. Os pais e o irmão menor, Cledison, 14, vivem em Belém (PA).
O corpo de Carlos foi procurado por Cleber e mais seis amigos durante todo o dia de segunda-feira em quatro praias de São Luís. "Ele estava irreconhecível, as pernas só com os ossos, sem o braço direito e com a marca da dentada do tubarão no ombro", disse Cleber.
Segundo ele, o pai, Carlos Alberto, reconheceu o filho através de uma camiseta branca que havia lhe dado no último sábado.
Carlos afirmou que seu irmão não costumava frequentar a praia. Decidiu ir no último domingo porque estava previsto um jogo de futebol.

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