São Paulo, segunda-feira, 14 de novembro de 1994
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Calvin Klein espera vender 49% mais

ALINE SORDILI
DA REDAÇÃO

As razões que levam um consumidor a comprar um perfume importado são muito particulares. Ou por estarem na moda, ou em resposta à campanhas publicitárias, ou simplesmente pela fragrância.
Um fenômeno de marketing é a Calvin Klein. A empresa montou uma trilogia para vender os perfumes que levam sua marca: Obsession, Eternity e Escape.
Ana D'Estrada, diretora comercial da Calvin Klein para a América Latina, diz que, no ano passado, a empresa faturou US$ 426 milhões.
As vendas da empresa cresceram 25% em 93, em relação ao ano passado. Este ano, espera um aumento de 49% no volume de vendas, em relação ao ano anterior. A América Latina representa 15% das vendas da empresa. E o Brasil, 15% da América Latina
Apesar de todo este crescimento de vendas, a CK faz uma distribuição muito seletiva seus produtos para seus pontos de venda.
"Levamos em conta que o mercado brasileiro ainda é inexperiente neste setor. Mas não podemos comprometer nossa produção e, principalmente, a imagem do produto", diz Ana D'Estrada.
A CK exporta oito marcas para 26 países no mundo, oito deles na América Latina. Ana explica que os perfumes são criados baseados na necessidade do mercado, gastando-se muito em marketing.
A CK é a única empresa do setor no mundo onde os perfumes masculinos vendem mais que os femininos. "Isso foi conseguido com o marketing. Fazendo o homem pensar igual a mulher e comprar um produto para agradá-la", afirma.
Perfumes importados, a chamada perfumaria de luxo, espera movimentar US$ 110 milhões este ano no Brasil.
Marcos Rothenberg, diretor da RR Importadora, que comercializa a Calvin Klein no país, afirma que este tipo de produto tem de ter uma distribuição selecionada. "O produto tem de manter a imagem de luxo".
O mercado de perfumaria de luxo é considerado ainda muito incipiente no Brasil. Mas, segundo Rothenberg, os fornecedores não podem aumentar suas cotas de exportação.
Em relação ao primeiro semestre do ano passado, a RR contabilizou um crescimento de 100% nas vendas. Espera ainda um aumento de 60% para o segundo semestre. Atingindo 500 mil unidades comercializadas.

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