São Paulo, segunda-feira, 14 de novembro de 1994 |
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Rebeldes negociam hoje paz com Angola
FERNANDO ROSSETTI
Isso apesar de o exército de Angola ter tomado na semana passada o seu quartel general, a cidade de Huambo (530 km a sudeste de Luanda), e a cidade de Mbanza Congo neste final de semana. Também hoje, devem chegar a Lusaka a maioria dos chefes de Estado dos países do sul da África, entre eles o presidente da África do Sul, Nelson Mandela. A reunião de chefes de Estado visa pressionar o governo angolano e a Unita (União Nacional para a Independência Total de Angola) a fazerem o acordo que ponha fim à guerra civil que já matou mais de 500 mil pessoas. Até a semana retrasada, após 11 meses de negociações, era quase certo o acordo, mas o governo, percebendo o enfraquecimento da Unita, lançou o ataque a Huambo. Savimbi disse, inicialmente, que não negociaria mais, mas voltou atrás. O governo angolano sinalizou com um cessar-fogo na região para garantir o pacto. Segundo a agência "Associated Press", o governo teria perdido controle sobre o comandante das tropas em Huambo, major João de Matos, que tomou a cidade. Se de fato o acordo for assinado, o governo terá de dividir poder com a Unita –só que esta entra enfraquecida na aliança. Um cessar-fogo permanente é previsto para dois dias após a assinatura. Em Moçambique, resultados da eleição de 27 a 29 de outubro divulgados sábado mostram o atual presidente, Joaquim Chissano, com 54,7% dos votos e o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, com 33,2%. Cerca de 79% dos votos já foram contados. Com agências internacionais Texto Anterior: Voto de confiança decide hoje se Berlusconi permanece no cargo Próximo Texto: Ataque de guerrilha mata 21 na Colômbia; Livro narra plano para assassinar Mandela; Vídeo acusa Síria de explodir avião em 88; Parlamento alemão reelege Kohl amanhã; Phil Gramm se lança ao governo dos EUA; Japonês morre após ficar 23 anos em coma Índice |
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