São Paulo, quarta-feira, 16 de novembro de 1994
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Almir canta vitória com 20% de vantagem

ABNOR GONDIM

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM

O senador Almir Gabriel (PSDB), 62, afirmou ontem ao votar que as pesquisas de seu comitê eleitoral confirmavam sua vitória com mais de 20% de vantagem sobre o senador Jarbas Passarinho (PPR), 74.
Segundo o candidato tucano –que teve 37,54% no primeiro turno–, suas pesquisas coincidem com a última antes da eleição feita pelo Ibope, onde ele aparece com 55% contra 31%.
O senador Jarbas Passarinho (PPR), 74, disse que não tinha acreditado nas pesquisas do Ibope quando estava com 49% contra 23% e nem iria acreditar agora quando está em desvantagem.
Ele teve 37,93% dos votos no primeiro turno.
"Quantos eram favoritos para vencer no primeiro turno e estão disputando agora no segundo turno?", perguntou Passarinho, apontando uma coincidência nas pesquisas de segundo turno: todos os candidatos tucanos ou apoiados pelo presidente eleito Fernando Hernique Cardoso (PSDB) cresceram nas pesquisas eleitorais.
O mandato de senador de Passarinho termina este ano. Ele afirmou que não teme ficar marginalizado na política se for derrotado: "Quando fiquei sem mandato (1983-1987) acabei presidente nacional do PDS".
Almir justificou o seu favoritismo na eleição dizendo que sua candidatura não representa a continuidade da política de "grupelhos e famílias que se alternam no poder no Estado".
"O povo entendeu que a minha candidatura não é a continuidade do que está aí e que vamos restaurar a dignidade na administração pública e a retomada do desenvolvimento", disse o senador tucano.
Passarinho afirmou que a candidatura de Almir Gabriel representa a continuidade do atual prefeito e ex-governador do Pará, Hélio Gueiros (PFL).
O filho do ex-governador, Hélio Gueiros Júnior, é o candidato a vice-governador na chapa de Almir Gabriel.
Para Passarinho, sua atuação política no Estado não pode ser apontada como caso de "oligarquia". Segundo ele, os governadores do Estado que se sucederam durante o regime militar implantado em 1964 nem sempre foram indicações suas.
Ele cita um que se tornou seu principal inimigo político local, o deputado federal Alacid Nunes (PFL-PA), escolhido pelo ex-presidente Figueiredo como governador do Pará contra sua vontade.

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