São Paulo, domingo, 27 de novembro de 1994
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Dívida consome US$ 3 bi em 95

DA REPORTAGEM LOCAL

O Orçamento do Estado de São Paulo para 1995 prevê o desembolso de US$ 3 bilhões só para pagar juros e correção da sua dívida.
O valor representa 20% da receita tributária prevista para 95, de US$ 15 bilhões. A receita projetada é 50% maior do que a de 94.
Caso a receita não aumente, o que é possível, o governador eleito Mário Covas (PSDB) cairá na mesma armadilha que prendeu Fleury: terá que começar a empurrar as dívidas estaduais.
São Paulo gasta mais de 80% de sua receita tributária com o custeio da máquina estadual (funcionários, manutenção etc).
Se Covas tiver, em 95, a mesma receita que Fleury teve este ano, praticamente não vai ter dinheiro para saldar dívidas.
O valor total do Orçamento previsto para 95 é de US$ 26 bilhões e o montante destinado para as dívidas é maior, por exemplo, que o que está sendo proposto para a área de saúde (US$ 1,85 bilhão).
O governador eleito, Mário Covas, já manifestou preocupação com a possibilidade de ter poucos recursos para investimentos em seu primeiro ano de governo.
Mas Covas poderá remanejar as verbas sem consultar o Legislativo. Essa possibilidade foi aberta porque a Comissão de Finanças da assembléia aprovou relatório que confere poderes ao futuro governador para alterar dotações.

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