São Paulo, domingo, 27 de novembro de 1994
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Escolha o melhor destino para o 13º salário

FIDEO MIYA
DA REPORTAGEM LOCAL

O destino imediato das sobras do 13º salário e das gratificações de fim-de-ano que serão pagas pelas empresas –depois de separado o dinheiro das despesas inevitáveis com as compras dos presentes de Natal e com as festas– depende da opção escolhida.
Se a alternativa for a compra de um carro usado ou a troca do veículo atual por outro usado mais novo, o diretor da Assovesp (Associação dos Revendedores de Veículos Automotores no Estado de São Paulo), George Assad Chahade, recomenda aproveitar as oportunidades que estão aparecendo com a forte queda das vendas nesse segmento do mercado.
Se a escolha recair em aparelhos de som ou vídeo e eletrodomésticos (geladeiras, televisores etc.) ou outros produtos cuja compra possa ser adiada, convém deixar o dinheiro aplicado em um fundo com liquidez diária, como é o de commodities –após o 30º dia da aplicação– e aguardar o momento mais oportuno, que deverá ocorrer em janeiro ou fevereiro, de acordo com as expectativas do economista Nelson Barrizelli.
Se o objetivo é formar uma poupança de longo prazo com a melhor rentabilidade possível, os especialistas do mercado financeiro recomendam aplicar num fundo de ações (ver texto nesta página).
O mercado de automóveis usados registrou a queda de 85% no volume de unidades negociadas durante a primeira quinzena de novembro, em comparação com o mesmo período do mês passado, segundo o último levantamento feito pela Assovesp.
Essa queda, provocada pelas restrições ao crédito baixadas pelo governo no final do mês passado, fez com que os preços dos carros usados perdessem a valorização de 6% acima da variação do IGP-M que tinham acumulado até outubro, segundo Chahade.
No caso dos produtos eletroeletrônicos, Barrizelli, que é consultor da Abras (Associação Brasileira de Supermercados) e professor da Faculdade de Economia e Administração da USP, aposta que muitos produtos importados chegarão após o Natal, gerando uma superoferta das lojas a partir de janeiro ou fevereiro.
"Essa superoferta deverá quebrar o ciclo dos últimos 18 anos, período em que a inflação de janeiro sempre ficou acima da de dezembro, já que os preços tendem a cair já a partir do mês que vem."

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