São Paulo, domingo, 27 de novembro de 1994 |
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Por que optar por um segunda de mão
EDNEY CELICE DIAS
Sob o ponto de vista do consumidor com disponibilidade financeira média e que não quer pagar aluguel, ou seja, um candidato potencial ao Sistema Financeiro da Habitação (SFH), as precondições estão dadas. Os aluguéis se equiparam ao valor da prestação de um financiamento a juros de 12% ao ano mais TR. Nesse contexto, a compra do usado apresenta aspectos vantajosos em comparação à grande parte dos imóveis novos em oferta. Mas, especificamente, por que o usado? Em primeiro lugar, pode-se conseguir um valor mais baixo por m2 em regiões centrais. Ou seja, pode-se pagar menos por um imóvel maior e bem situado. Evitam-se contratos, às vezes desvantajosos (leoninos), oferecidos por construtoras. Não há sujeição a correções extorsivas, não é necessário fiador, não há despesas da montagem de condomínio –mazelas enfrentadas por quem compra um imóvel novo. Em contrapartida, para se obter um empréstimo do SFH para um usado é necessária comprovação de renda, não ter um outro imóvel e encontrar uma boa oferta, o que equivale dizer um imóvel que o banco se disponha a financiar. As instituições financeiras exigem documentação detalhada do comprador, do vendedor e do imóvel. Se isso assusta pela burocracia que envolve, não se pode esquecer que é uma garantia para quem compra. Os bancos entram com o acompanhamento jurídico. O processo de compra financiada de um usado gira em torno de 40 dias, prazo que varia em função da documentação apresentada. Se se conseguir uma carta de crédito de um banco –uma garantia de financiamento– fica mais fácil procurar o imóvel. Nas atuais condições do mercado imobiliário, não surpreende que a alternativa de compra de um imóvel usado exerça uma atração quase fatal para a classe média que busca a casa própria. Texto Anterior: Usados devem ter valorização Próximo Texto: Exposição 'A França em sua casa' começa em janeiro no shopping Iguatemi Índice |
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