São Paulo, domingo, 27 de novembro de 1994
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Saiba quem é Curtius

MODESTO CARONE
ESPECIAL PARA A FOLHA

Ernst Robert Curtiu (1886-1956) nasceu em Thann, na Alsácia, e morreu em Roma. Estudou filologia e filosofia em Estrasburgo, Berlim e Heidelberg. Em Berlim, manteve contato com o poeta Stefan George e seu discípulo Friedrich Gundolf.
Em 1913 defendeu tese de livre docência em Bonn sobre o crítico francês Ferdinand Brunetière. Foi titular de filologia românica em Marburg e Heidelberg, aposentando-se como professor da Universidade de Bonn em 1951.
Mas a carreira acadêmica não define toda a vida intelectual de Curtius, excelente crítico e escritor. Mal terminada a Primeira Grande Guerra com o "arquiinimigo francês", promoveu na Alemanha os nomes de André Gide, Paul Claudel e Romain Rolland, entre outros. A coroação desse esforço de aproximação foi o livro "A Cultura Francesa", de 1930.
Apesar de filólogo, abriu-se para escritores do século 20: Valéry, Proust, Unamuno, Ortega y Gasset, Thomas Mann, Hofmannsthal, Joyce e T. S. Eliot foram objeto do seus ensaios. Foi o primeiro tradutor alemão de Jorge Guillén.
A partir da publicação do "Espírito Alemão em Perigo", de 1932, e da tomada do poder pelos nazistas, no ano seguinte, retirou-se da vida pública. Sua obra magna, Literatura Européia e Idade Média Latina, veio à luz em Berna, no ano de 1948.

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