São Paulo, quarta-feira, 30 de novembro de 1994 |
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Secretaria diz que o problema é periódico
ANTOÔNIO ROCHA FILHO
A assessoria disse que a falta de Videx e Retrovir ocorre eventualmente e é um problema cíclico. Os remédios saem do ministério, passam pelas secretarias estaduais, que os repassam às unidades de saúde. O problema seria causado pela burocracia nas concorrências para compra de medicamentos e na demora para liberação de verbas. A solução mais comum é, segundo a assessoria, obter o medicamento em outra unidade de saúde ou encaminhar o paciente para um hospital que tenha o remédio. Atualmente, segundo a secretaria, Videx e Retrovir podem ser encontrados no Hospital das Clínicas. A assessoria do HC informou que só há Retrovir no local. Segundo a secretaria, a falta dos outros remédios, na maioria antibióticos, analgésicos e antiinflamatórios, pode ser contornada com a prescrição de medicamentos similares. Rosana del Bianco, chefe da Unidade de Assistência à Saúde em Aids, do Ministério da Saúde, confirmou o atraso na distribuição apenas do DDI (Videx). Segundo ela, o AZT está sendo repassado normalmente aos Estados. Rosana afirmou que a falta do medicamento já chega a um mês e se deve a um atraso na licitação para a compra de um novo lote pela Central de Medicamentos. "A licitação está concluída e a compra foi aprovada. Estamos no prazo para receber o primeiro lote, o que deve acontecer nos próximos dias", afirmou Rosana. Rosana disse que a falta de DDI atinge todos os Estados brasileiros e é a primeira nos últimos dois anos. (ARF) Texto Anterior: Pacientes dizem que escassez já dura 2 meses Próximo Texto: Tribunal exige teste de HIV para admissão Índice |
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