São Paulo, quarta-feira, 30 de novembro de 1994
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Benetton aumenta sua produção em até 67%

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

A Philips também vai aumentar sua produção. Para fazer isto e modernizar sua fábrica de áudio e vídeo em Manaus (AM), a empresa decidiu investir US$ 10 milhões em 1995 e a mesma quantia em 1996.
O grande investimento da Philips –de US$ 200 milhões em 1995 e 1996– será mesmo na fábrica de cinescópios (tubos de imagem) para televisores em São José dos Campos (SP). Com isso, a produção aumenta de 3,8 milhões para 7 milhões por ano.
Entre os empresários das indústrias de calçados e roupas a preocupação é a mesma: crescer para atender o consumo.
A Ortopé, especializada na produção de calçados infantis, decidiu aumentar 54% sua capacidade produtiva no ano que vem –de 65 mil para 100 mil pares por dia.
Para isso, a empresa acaba de comprar uma fábrica em Santa Rita, município próximo de João Pessoa (PB), informa Horst Volk, presidente.
A unidade faz hoje 3.000 pares de sapatos por dia. A Ortopé vai expandí-la para 30 mil pares.
Na compra da fábrica, a empresa gastou US$ 12 milhões. Outros US$ 12 milhões, conta Volk, começam a ser investidos na construção de uma nova fábrica em São Francisco de Paula (RS).
"A estabilização da economia mudou o patamar de consumo. Quem não crescer vai perder venda", afirma Marcos L. Santin, diretor-presidente da Benetton.
A Benetton, conta ele, vai investir US$ 3,5 milhões no ano que vem para aumentar 67% sua capacidade produtiva –de 1,5 milhão para 2,5 milhões de peças por ano.
Para 1996, afirma Santin, a estratégia é investir mais US$ 3,5 milhões para poder fabricar 4 milhões de unidades anuais.
Em 10 anos, diz, de 1984 para 1994, o consumo de roupas pulou de 2,08 bilhões para 3,64 bilhões de peças por ano.
A taxa média de crescimento anual, nos cálculos de Santin, foi da ordem de 5% a 6%. "Acreditamos que a partir de 1995 esta taxa pode pular para 12% ao ano."
Se o consumo continuar no ritmo em que está, a Sadia, importante fabricante de alimentos em conservas, não tem dúvida: vai aumentar de 8% a 10% a produção no ano que vem.
A empresa ainda está traçando seu plano de investimento para 1995. Mas já tem uma certeza: para manter as fábricas atualizadas precisa gastar US$ 40 milhões por ano.
"Mas no ano que vem podemos chegar a US$ 60 milhões", diz José Fernando Monteiro Alves, diretor de relações com o mercado. Segundo Ronald Rodrigues, diretor da Gessy Lever, a empresa investe US$ 100 milhões por ano em produção. "É o montante reservado para o ano que vem."
(FF)

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