São Paulo, sexta-feira, 2 de dezembro de 1994 |
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Pepsi-Cola reforça sabor e lança ofensiva de US$ 430 mi"
NELSON BLECHER
Se prosseguir a estabilidade econômica, o Brasil será, até o final da década, um dos cinco "maiores e mais lucrativos" dos 180 mercados internacionais nos quais opera o grupo norte-americano Pepsico –dono da Pepsi-Cola, dos salgadinhos Frito Lay (Elma Chips) e das cadeias de fast food Pizza Hut e KFC. A previsão foi feita à Folha pelo presidente do grupo, o norte-americano Christopher Sinclair, 45, que ontem anunciou investimento de US$ 430 milhões em cinco novas fábricas de Pepsi-Cola no país. Brasil e México são os países da América Latina que concentram os maiores investimentos atuais da companhia, que em 1994 deve faturar US$ 28 bilhões e ergue mais de 50 fábricas fora dos EUA. Segundo Sinclair, nos últimos três meses, os volumes de vendas de salgadinhos da Elma Chips cresceram de 40% a 50%. "Nunca vimos nada igual. Ultrapassou nossa capacidade de produção", afirmou. "Com a estabilidade, o mercado deslancha rápido". A quarta tentativa para erguer as vendas da Pepsi-Cola, que enfrenta como desvantagem a elevada participação da concorrente Coca-Cola, dona de quase 90% do mercado de colas, tem como trunfo alardeado a sócia Baesa, que substitui a Brahma como distribuidora. Trata-se também da engarrafadora que no espaço de um ano e meio deu à marca cerca de 25% do mercado argentino de refrigerantes. A meta é alcançar igual percentual no país até o ano 2.000. Hoje, a companhia afirma deter de 7% a 8% nesse segmento. Somente as três novas fábricas já em operação, instaladas em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre, têm capacidade para produzir 150 milhões de caixas anuais. "Nova Pepsi" Cerca de US$ 100 milhões serão aplicados em campanhas e outras atividades de marketing para promover o que a companhia chama de "nova Pepsi". Trata-se, na verdade, da mesma fórmula que, graças à ação de um estabilizador, se de um lado reduz o tempo de validade do refrigerante, por outro o torna mais fresco e com sabor forte de cola. Outras novidades se referem à introdução da garrafa de plástico retornável de dois litros e à importação de latas de alumínio. Foram apresentadas por Nicolino Spina, diretor de marketing, como uma "cruzada" para "libertar os consumidores do monopólio" da Coca-Cola. "Nossa participação mostra que há 41 anos o brasileiro sabe porque bebe Coca-Cola", ironizou Carlos Cabral Menezes, diretor de relações externas. O jornalista NELSON BLECHER viajou ao Rio a convite da Pepsi. Texto Anterior: Setor de máquinas têxteis vai faturar 30% mais em 94 Próximo Texto: Distribuição é própria Índice |
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