São Paulo, sábado, 3 de dezembro de 1994 |
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TSE não vai investigar contas
DENISE MADUEÑO
O tribunal apenas vai avaliar se foram cumpridos os aspectos formais da apresentação, de acordo com a legislação eleitoral. "A lei não deixou outra solução. Se alguém quiser mentir, pode", afirmou o diretor-geral do TSE, Alysson Mitraud. Segundo o diretor, o tribunal pode fazer somente uma auditoria nas contas se for provocado por alguma denúncia. A documentação que prova ou não a regularidade das contas de campanha fica guardada pelos partidos. Mitraud afirmou que o Ministério Público vai analisar as contas e poderá determinar uma auditoria se perceber irregularidades. Todos os seis candidatos à Presidência que entregaram suas prestações de contas cometeram falhas. O comitê financeiro de Lula não apresentou o demonstrativo das "origens e aplicações dos recursos". No entanto, apresentou uma lista de dívidas que não foi pedida. Mesmo neste caso, os técnicos do TSE constataram falhas no balanço: o que o partido tem e suas dívidas não constam do relatório. O comitê de Lula não enviou também cópias dos extratos bancários, nem as fichas dos responsáveis pelas finanças da campanha. O PDT de Leonel Brizola incluiu os gastos da campanha à reeleição do deputado Miro Teixeira (RJ) na mesma prestação de contas. Terá que fazer alterações. Brizola deixou de enviar ao TSE a relação dos cheques recebidos e relacionar os recursos próprios usados na campanha. A única falha na prestação de contas do candidato Orestes Quércia (PMDB) também foi cometida pelo comitê do presidente eleito Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Ambos deixaram de explicar os critérios de avaliação das doações em bens e serviços. FHC teve suas contas de campanha aprovadas pelos técnicos do TSE. A prestação de contas do candidato Enéas Carneiro (Prona) é a mais falha. Carneiro não apresentou nem a lista dos doadores. Texto Anterior: Dirceu nega uso de artifícios contábeis Próximo Texto: Itaú foi maior doador de Tuma Índice |
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