São Paulo, segunda-feira, 5 de dezembro de 1994
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Corinthians se classifica sob vaias para semifinal contra Atlético-MG

DA REDAÇÃO

Corinthians e Atlético-MG fazem a semifinal alvinegra do Campeonato Brasileiro.
Como o Atlético veio da repescagem, a vantagem de jogar por dois resultados iguais e de fazer o segundo jogo em casa é do Corinthians, que se classificou ontem, sob vaias, ao empatar sem gols com o Bragantino.
Quem vencer as semifinais terá que jogar a primeira partida das finais em seu estádio e terá que fazer pelo menos um gol a mais que o outro finalista, Palmeiras ou Guarani.
O Corinthians, que venceu o Grupo E no primeiro turno da segunda fase, deve fazer o próximo jogo com três desfalques. O meia Souza, contundido no joelho esquerdo, não deve atuar. O zagueiro Célio Silva (estiramento na coxa direita) corre o mesmo risco.
Além disso, o atacante Viola levou o terceiro cartão amarelo e vai cumprir suspensão.
O Corinthians ainda não conseguiu atuar como quer o técnico Jair Pereira. O time erra passes demais –24%, segundo o Datafolha, um ponto percentual a mais do que a média do Brasileiro.
O agravante é que os erros se concentram em jogadores-chave. O armador Marcelinho tem 31% de erro, o volante Zé Elias, 32% de erro, e o atacante Viola, 38%.
Sem receber bolas, os atacantes exploram mais do que em outros times as jogadas individuais. Reflexo disso são os altos índices de bolas perdidas de Marcelinho (dez por jogo), Viola (oito) e Marques (oito).
O Atlético passou pela repescagem antes de ir à semifinal. Na primeira fase, ficou em 5º lugar no Grupo B –foram para os "grupos de elite" Botafogo, São Paulo, Portuguesa e Paysandu.
Na repescagem, perdeu a primeira posição na última rodada, ao ser derrotado pelo União São João, por 3 a 0.
Na média dos dois jogos acompanhados pelo Datafolha, o Atlético mostrou 25% de erros no passes –índice mais alto do que a média do Brasileiro, que é de 23%.
O time joga com dois volantes postados à frente da defesa, Valdir (14 desarmes completos por partida) e Éder Lopes (11).
Quando vai ao ataque, o volante Valdir tenta chutes de longa distância. Dá três em média por jogo, um deles em direção ao gol.
A surpresa do time é o ponta Éder (da seleção brasileira na Copa de 82). Com 37 anos, faz nove desarmes por jogo (sete completos) e finaliza quatro vezes (duas em direção ao gol).
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sobre o Brasileiro nas págs. 2 a 6

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