São Paulo, terça-feira, 6 de dezembro de 1994
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Reajuste para policiais chega a 100%

GEORGE ALONSO
DA REPORTAGEM LOCAL

Com maioria na Assembléia Legislativa de São Paulo, o PMDB, se quiser, aprova todos os projetos de última hora enviados pelo governador Luiz Antonio Fleury Filho. Entre os mais polêmicos está o que dá reajuste de até 100% para as polícias Civil e Militar.
Só o contigente da PM está em torno de 70 mil pessoas, cerca de 10% do funcionalismo estadual. Pelo projeto, só para 1995, o Executivo fica autorizado a abrir crédito suplementar de R$ 209,7 milhões.
Na atual legislatura, dos 84 deputados estaduais, 55 têm aprovado os projetos do governo –os 26 peemedebistas aliados a 12 parlamentares do PTB, 11 do PL, 5 do PSD e um do PRP.
O novo governador Mário Covas, que assume em 1º de janeiro, ficaria refém da bancada peemedebista, que tem mandato garantido até 15 de março –de acordo com decisão recente do Supremo Tribunal Federal.
A bancada tucana hoje é de apenas cinco deputados (contra 17 na próxima legislatura), que teriam de negociar com os aliados atuais do PMDB –contando com o adesismo que tem regido a Assembléia quando há troca de governo.
Embora deputados do PSDB –como Walter Feldman (da futura bancada)– admitam que os salários das polícias estejam muito baixos, acreditam que o medida possa prejudicar ainda mais o já comprometido caixa do Estado.
Aos governistas –no caso desse projeto–, deve-se somar a chamada "Bancada da Segurança", que conta com Afanásio Jazadji (PFL), Erasmo Dias e o capitão Conte Lopes, ambos do PPR–, que tem reclamado este reajuste.

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