São Paulo, terça-feira, 6 de dezembro de 1994 |
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FHC volta a tema do 'mulatinho' em encontro
GUSTAVO KRIEGER; ELVIS CESAR BONASSA
O tucano disse que não podia mais falar sobre a mestiçagem do povo brasileiro. Na campanha, ele foi alvo de críticas de várias entidades de defesa dos direitos dos negros ao declarar que era "mulatinho" e tinha "o pé na cozinha". O comentário de FHC foi provocado pelo discurso do escritor Jorge Amado, que defendeu uma política de cultura que combine com a inventividade e a "mestiçagem" do povo brasileiro. Sobre o Ministério da Cultura, FHC disse que vai trabalhar para que o ele deixe de ser "insignificante e quase uma ridicularia". FHC afirmou que seu governo vai buscar o apoio da iniciativa privada para financiar a cultura. Ele prometeu diminuir o que chama de "controles burocráticos". O presidente eleito acha que não basta distribuir dinheiro para a cultura, e sim que "é preciso saber que esse dinheiro será aplicado por um produtor cultural". Participou da abertura do seminário o ex-ministro da Cultura da Franca Jack Lang, ligado ao Partido Socialista Francês. Ao final do encontro, o presidente eleito foi abordado pelo ator Pascoal da Conceição, que queria lhe vender um bônus de financiamento da peça "Mistérios Gozosos", promovida pelo Teatro Oficina e dirigida por José Celso Martinez Corrêa. FHC aceitou o bônus, mas se esquivou do pagamento. Disse que quem carregava o dinheiro era sua mulher, Ruth cardoso. Pascoal seguiu o presidente eleito e conseguiu receber os R$ 20 de doação de um de seus assessores. Após o seminário o presidente eleito seguiu para um jantar na casa de Ruth Escobar. (Gustavo Krieger e Elvis Cesar Bonassa) Texto Anterior: Ex-deputados têm suas pensões suspensas Próximo Texto: Para Collor, eleição de FHC referendou projeto do PRN Índice |
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