São Paulo, terça-feira, 6 de dezembro de 1994
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Corinthians pede trégua aos torcedores

ARNALDO RIBEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL

As vaias da torcida contra os jogadores do Corinthians, na partida de domingo contra o Bragantino, levaram a diretoria do clube a solicitar aos torcedores uma trégua nos jogos finais do campeonato.
O pedido foi feito em reunião com os chefes da Gaviões da Fiel, a maior torcida organizada do time, com 40 mil sócios.
"Pedimos apoio e tolerância dos torcedores e também de todas as forças políticas do clube porque não é hora para protestos. Que eles vaiem ou peçam a saída de jogadores depois do campeonato", disse o vice-presidente de futebol, Romeu Tuma Jr. após a reunião.
A principal preocupação da diretoria corintiana é com os jogadores Paulo Roberto, Luisinho, Boiadeiro e Viola. Os quatro foram os alvos preferidos das vaias no empate com o Bragantino e saíram de campo irritados.
Apesar disso, o atacante Viola –há 52 dias sem marcar gols no Brasileiro– disse não estar preocupado com os insistentes protestos das arquibancadas.
"Já passei por pressões muito maiores aqui. Só fico preocupado com os companheiros recém-contratados que não sabem exatamente o que é o Corinthians", disse.
O meia Marco Antônio Boiadeiro, que chegou ao clube no início do Brasileiro, é um dos que ficaram abalados. Para ele "a torcida deveria ter um pouco mais de paciência porque o Corinthians está próximo da final".
Boiadeiro disse que nunca passou por situação semelhante. "Fiquei chateado mesmo. Vaias eu até aceito, mas xingamento é muito pesado."
Como resposta à torcida, o lateral-esquerdo Branco acha que o time "deve mostrar mais personalidade em campo e recuperar o bom futebol das duas primeiras fases."
O técnico Jair Pereira adiantou que o Corinthians "continuará jogando pelo regulamento apesar da pressão da torcida".

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