São Paulo, sexta-feira, 9 de dezembro de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Nacional desiste de substituto para Senna

NELSON BLECHER
DA REPORTAGEM LOCAL

O Banco Nacional desistiu de buscar uma personalidade do esporte para substituir o piloto Ayrton Senna, que atuou como seu garoto-propaganda durante uma década.
"Pesquisas que nos foram apresentadas por cinco agências indicaram que ele é insubstituível", disse ontem o vice-presidente de marketing Nuham Szprinc.
O banco não mais apostará em patrocínio esportivo. "Vamos buscar outro caminho institucional", disse Szprinc.
A tarefa caberá à nova agência contratada, F/Nazca Saatchi & Saatchi, que passa a dividir a volumosa conta de marketing e publicidade com a DM9 (cartão de crédito), Fischer, Justus (seguradora), Intervídeo (comunicação social), DIE Design (merchandising) e Wunderman (mala direta).
A expectativa do Nacional é repetir, em 1995, a verba de US$ 30 milhões aplicada este ano.
Ercílio Tranjan, vice-presidente da MPM:Lintas, que por nove anos criou campanhas para o Nacional, declarou ter recebido "com surpresa" o desligamento da agência.
"Devem existir outras razões, além do âmbito profissional, uma vez que fomos avaliados como a melhor agência do banco", afirmou Tranjan.
"Era hora de mudar. Queríamos uma agência multinacional de menor porte, mais ágil e criativa", disse Szprinc.
Além da F/Nazca Saatchi & Saatchi, quatro outras agências participaram da seleção: Almap/BBDO, FCB, Young & Rubicam e J.Walter Thompson.
Como o banco planeja intensificar serviços eletrônicos, a exemplo do que ocorre com bancos europeus e norte-americanos, a idéia é valer-se da experiência publicitária internacional da Saatchi & Saatchi para promover esses serviços.
"Vamos fazer grandes investimentos em tecnologia. Mas não se ganha o jogo apenas comprando máquinas", afirma, ao estimar em US$ 70 milhões os gastos previstos para 1995.
A partir de pesquisa segundo a qual 80% dos correntistas aplicam sobras em mais de uma instituição, o Nacional criou o Investcenter, que possibilita a compra de fundos de ações, entre outros produtos, de bancos de atacado.
"A captação é feita através da rede de mil agências. Começamos há 90 dias com cinco bancos e já há pedidos de outros 20", relata o vice-presidente do Nacional.

Texto Anterior: Cúpula das Américas e biodiversidade global
Próximo Texto: Produção de papel e celulose crescerá 5%
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.