São Paulo, sexta-feira, 9 de dezembro de 1994
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Clubes têm culpa pelas suspensões

ARNALDO CEZAR COELHO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Cabe aos próprios clubes, em grande parte, a responsabilidade por terem jogadores "pendurados" neste final de Campeonato Brasileiro.
A decisão tomada por eles, junto com a CBF, de não suspender o jogador que levasse o terceiro cartão amarelo, que vigorou nas duas primeiras fases, incutiu nos atletas e árbitros vícios que ficaram quando a suspensão automática voltou.
Nas duas primeiras fases, os jogadores não se preocupavam em levar os cartões porque sabiam que estariam livres de qualquer punição.
Os juízes, por outro lado, davam os cartões de forma indiscriminada. Agora, eles não foram reorientados ao seu uso após o retorno da suspensão automática.
Os atletas, por sua vez, também continuaram reclamando e cometendo faltas desnecessárias. Por isso, levam cartões de graça.
Outro aspecto é que alguns árbitros dão cartões absurdos. O Reinaldo, do Atlético-MG, foi advertido só porque comemorou o gol da vitória sobre o Corinthians, anteontem, junto da torcida.
Ora, ele só deveria receber o cartão se a comemoração fosse para fazer o tempo passar e impedir a reação corintiana. Mas foi um ato de alegria e não de desrespeito.
É preciso ter bom-senso para saber aplicar os cartões.

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