São Paulo, sábado, 10 de dezembro de 1994
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Fabricantes recusam pedidos de cadernos

MÁRCIA DE CHIARA
DA REPORTAGEM LOCAL

Alguns fabricantes de cadernos não estão aceitando encomendas por falta de matéria-prima ou de capacidade de produção.
A Tilibra, por exemplo, encerrou as vendas no dia dez de novembro. Só aceita novas encomendas a partir de fevereiro.
Caio Coube, diretor, diz que o gargalo na sua indústria está na capacidade de produção.
"Se tivéssemos mais capacidade instalada venderíamos mais", afirma Coube. A procura de cadernos pelo comércio cresceu 50% neste ano sobre o anterior.
Já a Grafon's, especializada na produção de cadernos de capa dura, adiou lançamentos e suspendeu vendas desde outubro por causa da falta de papel.
Para cumprir os compromissos assumidos, Marcos Deglinone, gerente da empresa conta que está tendo de buscar matéria-prima nos distribuidores que cobram até 60% mais do que o fabricante.
Ingo Ploger, diretor da Melhoramentos, diz que ocorrem problemas no fornecimento de papel.
"Estamos alterando o ritmo da produção por causa da falta de matéria-prima." Dependendo do tipo de papel, o atraso nas entregas dos fornecedores supera 30 dias.
Segundo ele, os fornecedores estão desviando a matéria-prima para o mercado internacional.
A Associação Nacional dos Fabricantes de Papel e Celulose, no entanto, diz que não houve alteração no volume de exportações do papel para imprimir e escrever, apesar de os preços terem subido no mercado internacional.
Segundo a entidade, as cotações no mercado interno estão estabilizadas e a alta da celulose, usada na fabricação do papel, está sendo negociada na cadeia produtiva.
A associação confirma, no entanto, que está ocorrendo atrasos de duas semanas para entregas e que a falha no fornecimento se deve ao aumento abrupto na demanda depois do Plano Real.(MCh)

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